sábado, 3 de dezembro de 2005

Querido Diário

Ainda bem que até gosto de sequelas. Não, ainda não descobri outra palavra.

Estar constipado não é mesmo nada agradável. Drogam-me no primeiro dia e deixam-me os restantes para ser um mero observador na guerra, já milenar, entre o meu nariz e um qualquer pobre lenço corajoso, que se atravessa no seu caminho.

Lembras-te quando, numa tarde de um dia qualquer, limitei-me a fazer nada? Não? Eu também não. Se não, teria simplesmente escrito o dia, a hora, e o local. Nessa tarde criei este blogue e, muitas tardes depois, escrevi o meu primeiro artigo. Era sobre o Sporting CP. Depois desse artigo nunca mais toquei no assunto futebol, muito por causa dos poucos "ouvintes" que este blogue tem. Mas agora estou com vontade de o fazer, mas para não me sujeitar à inexistência de críticas, preferi dizer-to a ti.

Não sei se viste o jogo de ontem. Eu vi. Devo ser o único a dizer isto mas o Sporting CP merecia ter ganho. Podem ter existido penalties, até pode ter sido o FC Porto a equipa que mais atacou, mas desde quando é que o futebol é assim tão linear? A verdade é que nunca o foi.

A meu ver, o Sporting CP marcou o primeiro golo, e só sofreu o golo do FC Porto alguns minutos após a lesão do Carlos Martins. Sempre acreditei neste miúdo, e vá lá que alguém teve juízo para o pôr a jogar. Para além da clara diminuição da qualidade de jogo do Sporting CP após a saída deste miúdo, o golo apenas surgiu num lance caricato culminado com um auto-golo do Polga.

Se o Sporting CP não fosse o Sporting CP, mas o Vitória de Setúbal, o Boavista, ou uma qualquer equipa italiana, aquele golo só teria entrado por obra e graça do Espírito Santo. Logo, o resultado seria sempre 0 - 1, e nunca 2 - 1, pois não houve mais nenhuma bola a entrar na baliza do Ricardo.

Mil e uma coisas podem ser ditas, mas a verdade não deixa de ser esta: se tudo tivesse corrido normalmente, o Sporting CP tinha saído do Dragão com os três pontos. Mas tudo não correu normalmente, e o FC Porto lá roubou dois pontos ao Sporting.

Não concordas comigo? Sei que não tens muito remédio, ser inanimado que tu és. Agora devo voltar a outros afazeres. Não percas brevemente a tua quarta parte, neste mesmo blogue, num PC perto de ti.

Publicado em 10 de Julho de 2013

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