Muito tempo esperei. Após vários arranques e paragens lá o encontrei em destaque numa prateleira da fnac, dedicada apenas a este álbum. Até trazia um single grátis como que a compensar pela longa espera. Saíram-me uns bons € 18,95 do bolso mas, agora que já o ouvi, posso garantir que valeu cada cêntimo (o mesmo não posso dizer do single, mas foi grátis por isso a minha remixófobia pode ser posta a um canto).
Podia começar por falar de cada faixa e prolongar este texto com mais onze parágrafos, todos eles de qualidade, mas basta dizer isto para prever que tudo o que diria nessas linhas seria um mero embelezamento das onze faixas que, na correcta "ordem", completam o álbum em perfeição.
O primeiro single do álbum (e o que foi oferecido), denominado de Krafty, é um hino ao nosso excessivo urbanismo e a estes dias que são passados a correr de um lado para o outro. Para destinos indefinidos onde nada fazemos se não limpar algumas horas do nosso calendário de vida que, a cada dia que passa, fica mais curto. Tretas (mas achei que soaria muito poético, ou meramente melódico), o que realmente interessa para um verdadeiro fã como eu são os ritmos. O baixo do Hooky que parece não se deteriorar com a idade e aquela voz do Bernie que foi de esganiçada a quase divinal (quem ouviu o álbum Movement percebe o que eu quero dizer com isto).
Um regresso aos ritmos do Technique com a essência do Republic. Foi a primeira ideia que tive após o leitor de CD's fazer aquele barulho de um disco a derrapar que seria mais irritante com um aumento de uns vinte decibéis (e eu não percebo nada disso!).
Acho que nem vale a pena dizer que aqueles álbuns são um "must" para qualquer interessado. Os preços são acessíveis já que não passam dos € 10 mas, como os vossos bolsos são cépticos a novas experiências, podem sempre "sacá-los" de qualquer programa que sirva para esse efeito (coisa que me desagrada muito, mas não se pode contrariar as massas se não, não há lasanha para ninguém).
No entanto, apenas consigo ouvir de ânimo leve (não sei escrever "ânimo" processem-me se vos fizer feliz) cinco ou seis das onze faixas incluídas no álbum. Como dizem os islâmicos, apenas Deus é perfeito, o que é um paradoxo já que os New Order são considerados "Godlike geniuses" ("tão génios como deuses" para os leigos). "Morning, Night and Day", "Krafty", "Dracula's Castle" e "Waiting for the Siren's Call" (fora qualquer uma que me tenha esquecido) são as faixas que realmente identificam este álbum como um dos melhores álbuns que estes deuses alguma vez criaram.
Phill Cunnigham fez um bom papel ao substituir a Gillian. No entanto, continuo a lamentar a sua saída da banda, o seu toque pouco feminino sempre animava as coisas.
Talvez um artigo que não se conecta com os anteriores mas sabe bem falar daquilo que se gosta de quando em vez (como eu odeio este termo).
P.S.: Não, não estou de mau humor. As mensagens subliminares são para ser investigadas, não induzidas.
Publicado em 27 de Maio de 2013
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