Chamas cobrem o corredor.
O calor intenso ofusca as paredes.
Um brilho belo e mortal,
Apaga a inocência de um local,
Em tempos seguro, privado do mal incandescente.
Tecto de labaredas,
Que o próprio fumo se desvanece.
Não há água que extinga,
A potência de tão malvado ser.
Vermelho, laranja, amarelo.
Ao fundo, uma luz branca,
Não de morte, mas mortal.
Não de paraíso, mas de calor.
Lâminas brilhantes de luz,
Acariciam, acalmam.
Quase apetece adormecer,
No seu abraço quente e seguro.
A sedução do corredor,
Bem perto do fim,
Desfecha numa avalanche de medo,
O quente cobertor,
Que se encerra numa beleza de cores.
Alheio a quaisquer gritos de dor,
Vence o silêncio, o corredor.
Publicado em 19 de Agosto de 2013
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