sábado, 21 de março de 2009

XVIII

Letras, palavras,
Elementos de um todo,
De infinitos sentidos,
Libertos de penosos destinos.

Fados de sentimentos,
Líricas de dor,
Fingimentos de realidades,
De tão desejadas, a nunca vividas.

O lirismo, o poder do verso,
Da palavra, do lápis, do papel.
A métrica, a harmonia,
Tão diferente da prosa, mas tão interligada...

Parágrafos, frases, linhas,
Elementos verticais.
Presos sobre a horizontalidade,
Da sua própria existência.

Dom do canto, da expressão,
do romance, dos sentimentos.
Versos soltos de uma vida,
de um todo, de um mundo.

Nada é mais fácil, que a existência de um poeta.
Que o exprimir das reacções que orientam o seu dia.
Nada é tão simples, nada é tão difícil.
Vertical, horizontal, isto não é poesia.
Isto é nada, e é tudo.

Poesia é vida, é a lírica do ser,
Poesia é viva, é o pulsar do saber,
Isto não é poesia.

Publicado em 1 de Setembro de 2013

Sem comentários:

Enviar um comentário