...um artigo cujo tema nada tem a ver com a passagem de ano.
Nesta última semana mergulhei no mundo de Ian Curtis. Após ter recebido o livro Touching from a Distance no Natal, biografia escrita pela sua mulher Deborah Curtis, e de o ter lido até à última página, fiquei a conhecer o Ian de uma forma mais profunda.
Vi a sua faceta humana, o desvendar do mito. Quase da mesma maneira que fiquei a conhecer a verdade sobre a vida de Jesus depois de ver alguns documentários interessantes no Discovery Channel. Mas, ao contrário do segundo, Ian era um verdadeiro mito. Um ícone de uma geração, e alguém que eu vinha a mistificar.
A biografia de Ian Curtis tem potencial para chocar a grande maioria daqueles que a lerem, mas não a mim. A sua verdadeira história não me surpreendeu. Ele continua a ser o mesmo mito que era, embora já não seja aquele ser perfeito, que honestamente, nunca foi.
O Ian foi um revolucionário, um mártir. Nas palavras de Tony Wilson, The musical equivalent of Che Guevara.
Ele foi o que teve de ser. A sua vida não lhe proporcionou que fosse outra coisa. Levou os Joy Division ao topo. Levou-se a si próprio ao extremo, e aos 24, terminou com a sua vida.
Ian podia ter sido gigantesco, por mais impossível que pareça tentar elevá-lo mais alto do que ele já é. Motivou os U2, e deixou algum legado nos New Order. Ele estava demasiado à frente do seu tempo, e já era uma figura maior que a própria vida. Só na morte se viu a essência da sua verdadeira grandeza.
Continua a caminhar em silêncio Ian!
Publicado em 17 de Julho de 2013
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