segunda-feira, 16 de setembro de 2013

XXII

Todas as luzes no céu são estrelas (título original)

Um sentimento de Fogo cresce.
Dentro de mim,
Uma chama acesa,
Solitária, luta contra a escuridão.

Fogo. Que se alimenta de emoções,
Não de Ira, Raiva, Amor ou Paixão.
Mas de uma voz, uma voz que grita,
Que anseia por Resolução.
Por se fazer ouvir,
Por Determinação.

Chama que consome.
Envolve a penumbra,
Ilumina o Universo,
E cresce.

Cresce, consome.
Aquece tudo em seu redor,
Penetra pelas paredes, da sua própria existência.
Arrebata as redes da sua Negação,
Propaga o seu alcance,
Até ao extremo do seu lar.

Ultrapassa-se a si própria.
Liberta-se das amarras.
Amarras que a detém,
Nós cegos, por si feitos.
Feitos, assim. E por si, enfim Desfeitos.

Chama interior,
Nascida estrela,
Vive, olvidada, envolta em escuridão.
Sonho, desperto.
Fome de Motivação.
Fogo descoberto,
Não mais encoberto.

Dúvida, Incerta.
Certeza, dúbia.
Insignificantes palavras,
Frente tão bela e luzia, esperança.
Hoje desperta,
Não mais dormente.

Todas as luzes no céu são estrelas,
Como é, tão bem, estrela esta luz.
Todas as chamas são fogos,
Fogos amigos, que a estrelas ambicionam.
Que dia, após dia, sonham,
Com a luz, que assim se concretiza,
E com a estrela, que enfim, neste dia desperta.

Covilhã, 19 de Julho de 2013

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