Ao me deitar,
Iluminas com o teu saber.
Seduzes com o teu prazer,
Mas nada deixas alcançar.
Ofuscaste, longe
Prometes o imprometível,
Crias o incredível,
Elevando para outro lugar.
Fazes sonhar,
Fazes dormir,
Fazes amar,
Mas não te fazes concretizar.
Escondes-te no teu breu,
Refugias-te de todo o brio.
Pelo dia aguardas
Hora maldita, o amanhecer.
No teu leito te deitas,
Enquanto eu me levanto.
O sonho, já esvanecido
E o prometido, retirado.
Nada disto faz sentido.
Mas agora é que o teu prazer começa,
Sentindo todos a despertarem
Nesta realidade adversa.
E agora te deitas.
Também tu, te submetendo
A brincadeiras milenares
Que por mera sede de vingança
Todos nós temos que pagar,
Por esse teu desejo de criança.
Publicado em 9 de Junho de 2013
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